sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A máquina do futuro



Não será preciso entrar em uma grande engenhoca, apertar diversos botões e começar o processo de “viagem” de teletransporte até o futuro. É uma máquina simples, sem nenhum designer arrojado; com números, três botões (laranja, branco e verde) e uma tela. Pronto! Esta é a invenção responsável pelo nosso futuro. Simples, fácil de usar e o melhor é que os operadores da máquina e responsáveis pelo resultado da “viagem” somos nós.

Imagem do Google
Faltam nove dias para a eleição. No dia sete de outubro, primeiro domingo do mês, nós, brasileiros, vamos nos dirigir até as seções eleitorais e exercer nosso papel de cidadão. O poder não está com eles, pelo menos por enquanto. A decisão de quem serão os gestores municipais pelos próximos quatro anos é nossa.

E será que estamos preparados? Um voto para vereador, outro para prefeito e vice. Muitos candidatos pleiteiam as vagas. Para as de vereador muito mais que para a disputa de quem vai ocupar o poder executivo municipal. A escolha não é fácil. O cardápio, de opções que realmente valem a pena, não é variado. 

O horário eleitoral, antes detestado por adultos e crianças que saiam da frente da TV porque não tinham paciência para assistir ao programa, hoje atraia crianças, adultos e jovens. Não é pelas propostas dos candidatos, longe disso. É por saber que os trinta minutos poderão render boas gargalhadas. Irônico! O tempo deveria ser aproveitado unicamente para a exposição de ideias e de planos pretendidos. 

Um número expressivo dos que disputam uma vaga na câmara de vereadores aparece na telinha para fazer graça, contar piada, divertir. Mas propostas que valham a pena, nenhuma.  E aí o cardápio que já não é variado fica quase como o de churrascaria depois das 16 horas. Tem que procurar muito para poder encontrar, em meio a tanto resto, algo que não provoque indigestão. E, se a escolha for errada, neste caso, o dano só poderá ser reparado, talvez, daqui a quatro anos. 

Ainda dá tempo. Existem opções. Poucas, mas existem. É hora de pensar na coletividade. Chega de pensar nos ganhos individuais. Temos que dar um basta aos privilégios particulares, as trocas de favores. Pensar além, pensar no próximo. A tarefa não é fácil, mas é possível. Se não pensarmos assim vamos estar longe de vivermos a tal independência proclamada. Ainda somos reféns dos grandes coronéis e os “currais” eleitorais prevalecem. Hora da mudança. O futuro é agora!

Espero que a máquina do futuro seja usada com responsabilidade daqui a nove dias. Que não seja uma “viagem” sem volta. Tenho fé que a mudança é possível. Aos poucos vejo que “o povo, foge da ignorância apesar de viver tão perto dela e sonham com melhores, tempos idos. Contemplam essa vida. Numa cela esperam nova possibilidade de verem esse mundo se acabar”. Que o FIM do voto seja o COMEÇO da mudança. 

Um comentário:

  1. A máquina do futuro, mas que na verdade já faz parte do nosso presente né?! Simbora votar no domingo....e viva a democracia!!!!!!

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