quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ônibus nosso de cada dia...


Imagem do google
Só quem precisa, ou um dia precisou, usar o transporte coletivo de Maceió ao menos uma vez na vida, em horário de pico, vai poder ser testemunha do que escrevo e compartilhar das mesmas indignações e problemas. 

Não dá para falar de ônibus na capital alagoana sem falar de trânsito. Aí o sapato aperta, literalmente, com as pisadas que levamos dentro do veículo.  Quem só tem a opção do ônibus para se deslocar dentro da cidade enfrenta diariamente uma série de situações que causam estresse e um desgaste físico e mental enorme, além do desrespeito por parte de funcionários que não sabem tratar os passageiros e do valor abusivo de pagamento por um serviço de péssima qualidade.  

Erra quem faz promessa aos santos com grandes sacrifícios. Esperar no ponto de ônibus, por muitos minutos e até horas, depois entrar em um onde você descobre que dois corpos podem sim ocupar o mesmo lugar já é penitência suficiente para abater uma boa quantidade de pecados.   

Primeiro você se desespera, pois após esperar longos trinta ou quarenta minutos, parece que o ônibus desistiu de passar e você vai chegar atrasado ao trabalho, à faculdade, ao médico... se chegar. 

Mas eis que surge uma esperança, uma luz no fim do túnel, ou neste caso um ônibus na pista. Sorriso e pensamento positivo: ele vai está vazio. Mero engano. Mas qual a outra opção? Perder mais tempo, sentando em um abrigo desconfortável, desprotegido e exposto a sol ou à chuva? De jeito nenhum. A saída é subir no “busão” e descobrir como vive uma sardinha na lata. Mas se só fosse uma. O caso é que são várias para uma lata só, e em muitos casos a lata está velha.  

Para a viagem que está longe de ser a melhor ficar ainda pior basta qualquer bicicleta caída na pista, um carro quebrado, uma carreta parada em uma das mãos ou no pior das hipóteses um acidente. Situações suficiente para deixar o trânsito que já flui a passos de tartaruga, andar como os de bicho-preguiça. 

E tome mais tempo perdido. As pessoas começam a reclamar e não veem solução para o problema. O resultado é um bando de gente mal humorada, que se estressa nas primeiras horas da manhã, perdem a paciência por qualquer coisa e aí é só apelar para os santos (quem sabe eles se sensibilizam e rogam por os pobres pecadores)... Esperar, esperar e esperar até vencer mais um desafio que é descer do ônibus. Se “no meio do caminho tinha uma pedra” dentro dos ônibus têm os passageiros. “Licença, licença.” “Pode passar, aperta que consegue”...

Trajeto feito. Horas perdidas. Longo dia pela frente. Ah! E se engana quem pensa que a volta para a casa vai ser de outra maneira. A sina é uma só. Ônibus de novo e mais uma vez e por um bom tempo. 

Obrigado pela visita volte sempre!

3 comentários:

  1. Triste realidade viu?
    Mas é bem assim mesmo. Belo Texto!!! Tá de parabéns primo..

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  2. Faltou falar do Instituto Manassés que usa de uma comunicação manipuladora: se você ama Deus nos ajude! sempre encontro os mesmos personagens que inclusive perguntam se estou os seguindo...PS: mulher também precisa de reabilitação! As músicas irritantes, uns caras te paquerando na maior cara dura, além da pilha de livros que pioram o equilíbrio! Adorei sua opinião, mas agora não é somente sua, confunde-se com a nossa e quando passar pelas situações acima descritas lembrarei daquele texto de um promissor futuro jornalista, parebéns!!!!

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  3. Quem nunca sofreu com essa situação - que não vem de hoje - atire a primeira pedra. Encarar os ônibus em Maceió é enfrentar uma batalha diária, não tenho nenhuma dúvida disso, mas sempre procurei ver o lado bom da coisa (eu acho que tudo tem seu lado bom). Ter uma conversa com a pessoa que senta ao seu lado - ou que fica em pé ao seu lado - é uma delas. Ouvir a opinião das pessoas sobre determinado assunto é sempre bom... ter contato com outras pessoas é sempre gratificante e com certeza ajuda a esquecer um pouco o sufoco dentro do ônibus.

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