Imagem do google |
Só quem precisa, ou um dia precisou,
usar o transporte coletivo de Maceió ao menos uma vez na vida, em horário de
pico, vai poder ser testemunha do que escrevo e compartilhar das mesmas indignações
e problemas.
Não dá para falar de ônibus na
capital alagoana sem falar de trânsito. Aí o sapato aperta, literalmente, com as
pisadas que levamos dentro do veículo. Quem só tem a opção do ônibus para se deslocar
dentro da cidade enfrenta diariamente uma série de situações que causam
estresse e um desgaste físico e mental enorme, além do desrespeito por parte de
funcionários que não sabem tratar os passageiros e do valor abusivo de
pagamento por um serviço de péssima qualidade.
Erra quem faz promessa aos santos
com grandes sacrifícios. Esperar no ponto de ônibus, por muitos minutos e até
horas, depois entrar em um onde você descobre que dois corpos podem sim ocupar
o mesmo lugar já é penitência suficiente para abater uma boa quantidade de
pecados.
Primeiro você se desespera, pois
após esperar longos trinta ou quarenta minutos, parece que o ônibus desistiu de
passar e você vai chegar atrasado ao trabalho, à faculdade, ao médico... se
chegar.
Mas eis que surge uma esperança,
uma luz no fim do túnel, ou neste caso um ônibus na pista. Sorriso e pensamento
positivo: ele vai está vazio. Mero engano. Mas qual a outra opção? Perder mais
tempo, sentando em um abrigo desconfortável, desprotegido e exposto a sol ou à
chuva? De jeito nenhum. A saída é subir no “busão” e descobrir como vive uma
sardinha na lata. Mas se só fosse uma. O caso é que são várias para uma lata só,
e em muitos casos a lata está velha.
Para a viagem que está longe de
ser a melhor ficar ainda pior basta qualquer bicicleta caída na pista, um carro
quebrado, uma carreta parada em uma das mãos ou no pior das hipóteses um
acidente. Situações suficiente para deixar o trânsito que já flui a passos de
tartaruga, andar como os de bicho-preguiça.
E tome mais tempo perdido. As
pessoas começam a reclamar e não veem solução para o problema. O resultado é um
bando de gente mal humorada, que se estressa nas primeiras horas da manhã,
perdem a paciência por qualquer coisa e aí é só apelar para os santos (quem
sabe eles se sensibilizam e rogam por os pobres pecadores)... Esperar, esperar
e esperar até vencer mais um desafio que é descer do ônibus. Se “no meio do
caminho tinha uma pedra” dentro dos ônibus têm os passageiros. “Licença, licença.”
“Pode passar, aperta que consegue”...
Trajeto feito. Horas perdidas.
Longo dia pela frente. Ah! E se engana quem pensa que a volta para a casa vai
ser de outra maneira. A sina é uma só. Ônibus de novo e mais uma vez e por um
bom tempo.
Obrigado pela visita volte sempre!
Triste realidade viu?
ResponderExcluirMas é bem assim mesmo. Belo Texto!!! Tá de parabéns primo..
Faltou falar do Instituto Manassés que usa de uma comunicação manipuladora: se você ama Deus nos ajude! sempre encontro os mesmos personagens que inclusive perguntam se estou os seguindo...PS: mulher também precisa de reabilitação! As músicas irritantes, uns caras te paquerando na maior cara dura, além da pilha de livros que pioram o equilíbrio! Adorei sua opinião, mas agora não é somente sua, confunde-se com a nossa e quando passar pelas situações acima descritas lembrarei daquele texto de um promissor futuro jornalista, parebéns!!!!
ResponderExcluirQuem nunca sofreu com essa situação - que não vem de hoje - atire a primeira pedra. Encarar os ônibus em Maceió é enfrentar uma batalha diária, não tenho nenhuma dúvida disso, mas sempre procurei ver o lado bom da coisa (eu acho que tudo tem seu lado bom). Ter uma conversa com a pessoa que senta ao seu lado - ou que fica em pé ao seu lado - é uma delas. Ouvir a opinião das pessoas sobre determinado assunto é sempre bom... ter contato com outras pessoas é sempre gratificante e com certeza ajuda a esquecer um pouco o sufoco dentro do ônibus.
ResponderExcluir