Não será preciso entrar em uma
grande engenhoca, apertar diversos botões e começar o processo de “viagem” de teletransporte
até o futuro. É uma máquina simples, sem nenhum designer arrojado; com números,
três botões (laranja, branco e verde) e uma tela. Pronto! Esta é a invenção responsável
pelo nosso futuro. Simples, fácil de usar e o melhor é que os operadores da máquina e responsáveis pelo resultado
da “viagem” somos nós.
Imagem do Google |
Faltam nove dias para a eleição.
No dia sete de outubro, primeiro domingo do mês, nós, brasileiros, vamos nos
dirigir até as seções eleitorais e exercer nosso papel de cidadão. O poder não
está com eles, pelo menos por enquanto. A decisão de quem serão os gestores
municipais pelos próximos quatro anos é nossa.
E será que estamos preparados? Um
voto para vereador, outro para prefeito e vice. Muitos candidatos pleiteiam as
vagas. Para as de vereador muito mais que para a disputa de quem vai ocupar o
poder executivo municipal. A escolha não é fácil. O cardápio, de opções que
realmente valem a pena, não é variado.
O horário eleitoral, antes detestado
por adultos e crianças que saiam da frente da TV porque não tinham paciência
para assistir ao programa, hoje atraia crianças, adultos e jovens. Não é pelas
propostas dos candidatos, longe disso. É por saber que os trinta minutos
poderão render boas gargalhadas. Irônico! O tempo deveria ser aproveitado unicamente para
a exposição de ideias e de planos pretendidos.
Um número expressivo dos que
disputam uma vaga na câmara de vereadores aparece na telinha para fazer graça,
contar piada, divertir. Mas propostas que valham a pena, nenhuma. E aí o cardápio que já não é variado fica
quase como o de churrascaria depois das 16 horas. Tem que procurar muito para
poder encontrar, em meio a tanto resto, algo que não provoque indigestão. E, se
a escolha for errada, neste caso, o dano só poderá ser reparado, talvez, daqui a
quatro anos.
Ainda dá tempo. Existem opções. Poucas,
mas existem. É hora de pensar na coletividade. Chega de pensar nos ganhos
individuais. Temos que dar um basta aos privilégios particulares, as trocas de
favores. Pensar além, pensar no próximo. A tarefa não é fácil, mas é possível. Se
não pensarmos assim vamos estar longe de vivermos a tal independência
proclamada. Ainda somos reféns dos grandes coronéis e os “currais” eleitorais
prevalecem. Hora da mudança. O futuro é agora!
Espero que a máquina do futuro
seja usada com responsabilidade daqui a nove dias. Que não seja uma “viagem”
sem volta. Tenho fé que a mudança é possível. Aos poucos vejo que “o povo, foge
da ignorância apesar de viver tão perto dela e sonham com melhores, tempos idos.
Contemplam essa vida. Numa cela esperam nova possibilidade de verem esse mundo
se acabar”. Que o FIM do voto seja o COMEÇO da mudança.